Hoje tem show de Hélcio (voz e teclados), Marcos (batera) e este vosso escriba na guitarra, lá no ChoppGol, na rua Felipe Camarão, 8, Vila Isabel, próximo ao Planeta Chope.
E por falar em roquenrou, a Entertainment Weekly deu hoje, depois da BillBoard e da VH-1 na sexta...
KISS reconsider retirement, plan tour - Paul Stanley says the band will put the face paint on again, three years after farewell tour
From: Entertainment Weekly
Nearly three years ago, after a long and storied career, Kiss launched a worldwide farewell tour, with bassist Gene Simmons saying the band wanted to go out on top. Now, however, it looks like they want to go out again. On the band's website, guitarist Paul Stanley says the band still wants to rock and roll all night, and party ev-e-ry day. "People do change their minds, and in this case that goes along with being a living, thinking person," writes Stanley, explaining the about-face. "What one says one day with total commitment may at another time turn out not to be so. Am I doing this for the money or the fans? BOTH, and let's not forget I'm doing this for me. That is the reason I originally started playing: because I wanted to, and only I can decide ultimately when to stop."
31.7.02
30.7.02
26.7.02
25.7.02
O show ontem foi bem divertido. Já cheguei com o pessoal começando -- o , Marcos nosso batera, também estava lá, completando o velho trio --, peguei a guitarra e mandamos ver. Apareceram na área para nos prestigiar a Luiza, aqui do caderninho, com o Sérgio e a Tielle, e minha grande amiga Ariadne Guimarães. Tocamos até cerca de meia-noite, depois ceamos e tomamos a saideira. E agora é de lei: toda quarta-feira o batera, Hélcio e eu vamos estar no ChoppGol. Vou lembrá-los toda semana, quem quiser pintar será bem-vindo.
(Obs.: as fotos são aquelas de 1983, hein ;-))
(Obs.: as fotos são aquelas de 1983, hein ;-))
24.7.02
Repito este post aqui para reforçá-lo...
De volta ao som
Aí, galera: vou sacudir o pó da guitarra hoje para reestrear acompanhando o Hélcio, velho parceiro, cantor e tecladista, no ChoppGol, na r. Felipe Camarão, em Vila Isabel (perto do Planeta Chopp), a partir das oito da noite. Aos que conhecem minhas tendências roqueiras, aviso logo: o trabalho nada tem a ver com elas. É todo calcado em cima de MPB e bem leve, no esquema da noite mesmo. Hélcio toca de tudo, de baladas a sambas, e eu o sigo na guitarra (canto algumas músicas eventualmente e faço uns backing vocals em outras). Se tudo der certo, passarei a acompanhá-lo todas as quartas-feiras.
De volta ao som
Aí, galera: vou sacudir o pó da guitarra hoje para reestrear acompanhando o Hélcio, velho parceiro, cantor e tecladista, no ChoppGol, na r. Felipe Camarão, em Vila Isabel (perto do Planeta Chopp), a partir das oito da noite. Aos que conhecem minhas tendências roqueiras, aviso logo: o trabalho nada tem a ver com elas. É todo calcado em cima de MPB e bem leve, no esquema da noite mesmo. Hélcio toca de tudo, de baladas a sambas, e eu o sigo na guitarra (canto algumas músicas eventualmente e faço uns backing vocals em outras). Se tudo der certo, passarei a acompanhá-lo todas as quartas-feiras.
23.7.02
Niver da Jessica, minha filha mais velha. Treze anos hoje. Caramba, o tempo passa. Com treze anos, escrevi minhas primeiras ficções, um tanto estereotipadas. Ela escrevinha poesias também (será que vai viver na pindaíba como eu? Tomara que não. Mas seja o que Deus quiser e que os bons ventos a levem em direção a sua vocação).
A Su vai se divertir com essa: como ela gosta de mangá, vamos sair para comer num restaurante japonês. Tinha de ser, né? ;-)
A Su vai se divertir com essa: como ela gosta de mangá, vamos sair para comer num restaurante japonês. Tinha de ser, né? ;-)
22.7.02
Minicontos do desconforto -- 26
Sua mulher o esbofeteou quando entrou em casa às quatro da manhã. Durante vinte anos ela nem se dignara acordar, jamais procurara marcas de batom onde quer que fosse, nunca ligou para os roncos que aumentavam com a bebedeira. Só que dessa vez ele chegara em casa totalmente sóbrio, composto e feliz, assobiando.
O tabefe foi compreendido e ele nunca mais recusou uma série de dez saideiras.
Sua mulher o esbofeteou quando entrou em casa às quatro da manhã. Durante vinte anos ela nem se dignara acordar, jamais procurara marcas de batom onde quer que fosse, nunca ligou para os roncos que aumentavam com a bebedeira. Só que dessa vez ele chegara em casa totalmente sóbrio, composto e feliz, assobiando.
O tabefe foi compreendido e ele nunca mais recusou uma série de dez saideiras.
19.7.02
18.7.02
De quem foi a culpa
Dentro do avião não perceberam que havia uma quinta pessoa. Estava junto com a bagagem, no escuro, ressonando suavemente. Um dos passageiros, que estava fortemente gripado, não cochilava e percebeu a presença.
-- Ei, quem é aquele ali atrás? -- cutucou ele o adolescente sonolento a seu lado, enquanto o avião decolava.
-- Hein? O quê?
-- Quem é o sujeito dormindo aí atrás? -- volveu o outro, falando mais alto e voltando-se também para o piloto. Este aparentemente não ouviu, atento ao manche e ao clima. Mas o ressonar perto da bagagem de repente parou e os passageiros se depararam com um rosto grego e pálido, que falou pausadamente.
-- Eu tinha que acompanhar vocês hoje, rapazes. Mas prometi ao chefe que ia dormir e então tudo não passaria de um risco, de um susto. Achava que vocês estariam cansados demais para me acordar... mas me acordaram. Sinto muito.
Ninguém disse nada. Ninguém teve tempo de dizer nada. Logo depois o avião caiu. Era a madrugada de um frio começo de fevereiro e todos morreram instantaneamente: Big Bopper, Ritchie Valens, Buddy Holly e o piloto. Nascia o dia em que a música morreu.
Só saiu do avião, andando em plena nevasca em Iowa, um vulto de toga. Ninguém o viu. Mas alguns acordaram com o brado que juraram vir dos céus sobre os campos naquela madrugada de 1959:
-- Tânatos! Ah, Tânatos!
Dentro do avião não perceberam que havia uma quinta pessoa. Estava junto com a bagagem, no escuro, ressonando suavemente. Um dos passageiros, que estava fortemente gripado, não cochilava e percebeu a presença.
-- Ei, quem é aquele ali atrás? -- cutucou ele o adolescente sonolento a seu lado, enquanto o avião decolava.
-- Hein? O quê?
-- Quem é o sujeito dormindo aí atrás? -- volveu o outro, falando mais alto e voltando-se também para o piloto. Este aparentemente não ouviu, atento ao manche e ao clima. Mas o ressonar perto da bagagem de repente parou e os passageiros se depararam com um rosto grego e pálido, que falou pausadamente.
-- Eu tinha que acompanhar vocês hoje, rapazes. Mas prometi ao chefe que ia dormir e então tudo não passaria de um risco, de um susto. Achava que vocês estariam cansados demais para me acordar... mas me acordaram. Sinto muito.
Ninguém disse nada. Ninguém teve tempo de dizer nada. Logo depois o avião caiu. Era a madrugada de um frio começo de fevereiro e todos morreram instantaneamente: Big Bopper, Ritchie Valens, Buddy Holly e o piloto. Nascia o dia em que a música morreu.
Só saiu do avião, andando em plena nevasca em Iowa, um vulto de toga. Ninguém o viu. Mas alguns acordaram com o brado que juraram vir dos céus sobre os campos naquela madrugada de 1959:
-- Tânatos! Ah, Tânatos!
17.7.02
Do Elio Gaspari, citando a jornalista mexicana Alma Guillermopietro, especialista nas crises da América Latina:
"(...)“A única maneira de ser como o Che [Guevara] era morrer como ele, e todas essas mortes não foram suficientes para criar o mundo perfeito que o Che buscava.” Ela prossegue: “Guevara nasceu na hora do herói latino-americano” e tornou-se esse personagem “só, único”. “A imagem desse herói ainda cativa um grande número de latino-americanos que não conseguem cobrar as responsabilidades de seus líderes mas conseguem, como o Che morto ainda é capaz de fazê-lo, cobrar desses mesmos líderes atos de grandeza, fervores e rupturas. O Che vivo não foi o herói perfeito para seu tempo e lugar: ele queria que os outros seguissem seu exemplo impossível e nunca entendeu como combinar o que ele queria com o que se podia conseguir. Ficará para a eternidade o debate de se a vida e o exemplo do Che aceleraram o advento dos tempos de hoje, nos quais não há causas perfeitas e as pessoas como ele estão mais do que nunca fora do lugar.”
"(...)“A única maneira de ser como o Che [Guevara] era morrer como ele, e todas essas mortes não foram suficientes para criar o mundo perfeito que o Che buscava.” Ela prossegue: “Guevara nasceu na hora do herói latino-americano” e tornou-se esse personagem “só, único”. “A imagem desse herói ainda cativa um grande número de latino-americanos que não conseguem cobrar as responsabilidades de seus líderes mas conseguem, como o Che morto ainda é capaz de fazê-lo, cobrar desses mesmos líderes atos de grandeza, fervores e rupturas. O Che vivo não foi o herói perfeito para seu tempo e lugar: ele queria que os outros seguissem seu exemplo impossível e nunca entendeu como combinar o que ele queria com o que se podia conseguir. Ficará para a eternidade o debate de se a vida e o exemplo do Che aceleraram o advento dos tempos de hoje, nos quais não há causas perfeitas e as pessoas como ele estão mais do que nunca fora do lugar.”
16.7.02
Minicontos do desconforto -- 25
Seus olhos lacrimejavam há dois dias e ele não conseguia entender por quê. Então a viu encostada no poste do ponto de ônibus. E compreendeu que suas córneas tinham profetizado sozinhas que ele encontraria a Beleza, a verdadeira e única, e por isso choravam sem parar há quarenta e oito horas, antecipando o choque.
Seus olhos lacrimejavam há dois dias e ele não conseguia entender por quê. Então a viu encostada no poste do ponto de ônibus. E compreendeu que suas córneas tinham profetizado sozinhas que ele encontraria a Beleza, a verdadeira e única, e por isso choravam sem parar há quarenta e oito horas, antecipando o choque.
15.7.02
Sábado, no National Geographic Channel, passou um documentário sobre os descendentes de Fletcher Christian, o célebre líder dos amotinados do "Bounty", que no final do século XVIII largou o tirânico capitão William Bligh à deriva no Pacífico e foi viver na Ilha Pitcairn. Foi uma história de selvageria, com os amotinados, que pretendiam viver num paraíso terrestre, escravizando os nativos polinésios que seguiram com eles para a ilha e depois sendo sucessivamente assassinados por eles. Só sobrou um europeu entre os polinésios, que os catequizou no fim. Olhando as imagens da ilha -- de beleza estonteante -- pensei em como o homem consegue, por vezes, estragar de maneira terrível as dádivas da Criação. E em como o inferno está mesmo cheio das melhores intenções.
Lembrei-me também dos três filmes memoráveis sobre Bligh e Fletcher: um com Charles Laughton e Clark Gable, outro com Trevor Howard e Marlon Brando e outro ainda com Anthony Hopkins e Mel Gibson. Vi os três. Acho a história do motim fascinante.
Lembrei-me também dos três filmes memoráveis sobre Bligh e Fletcher: um com Charles Laughton e Clark Gable, outro com Trevor Howard e Marlon Brando e outro ainda com Anthony Hopkins e Mel Gibson. Vi os três. Acho a história do motim fascinante.
12.7.02
"Lord Illingworth
Shall we go into tea?
Mrs Allonby
Do you like such simple pleasures?
Lord Illingworth
I adore simple pleasures. They are the last refuge of the complex. But, if you wish, let us stay here. Yes, let us stay here. The Book of Life begins with a man and a woman in a garden.
Mrs Allonby
It ends with Revelations."
(Oscar Wilde, "A Woman of No Importance", 1893)
Shall we go into tea?
Mrs Allonby
Do you like such simple pleasures?
Lord Illingworth
I adore simple pleasures. They are the last refuge of the complex. But, if you wish, let us stay here. Yes, let us stay here. The Book of Life begins with a man and a woman in a garden.
Mrs Allonby
It ends with Revelations."
(Oscar Wilde, "A Woman of No Importance", 1893)
11.7.02
No Cadafalso I, chamei a atenção para uma crônica do Veríssimo que acerta em cheio sobre a hipocrisia do mercado financeiro e as noções de normalidade e caos. Antes, porém, veio esse petardo do Márcio Moreira Alves em 18 de junho:
"Mal havia tocado o solo brasileiro e recebi o recado da May, secretária e amiga que há décadas cuida da minha vida econômica e profissional, de que deveria ser o moderador da palestra que Lula faria na Firjan, como fez, ontem, depois do jogo com a Bélgica. Acompanhara em viagem as notícias sobre o nervosismo político dos especuladores com a evolução das pesquisas de intenção de voto.
Nervosismo político, uma ova. Trata-se de puro exercício especulativo, com o objetivo de ganhar dinheiro. Derrubam, com as suas avaliações, as cotações dos títulos do governo brasileiro em Nova York, os tais C-Bonds, para recomprá-los com gordos lucros adiante. As oscilações nas cotações pressionam a assessoria econômica do PT, forçando-o a fazer promessas tranqüilizadoras, garantindo o respeito aos compromissos assumidos com investidores no Brasil e no exterior e, assim, assegurar a continuidade da transferência de recursos cada vez maiores do setor produtivo para o setor financeiro.
A revista "Bankers", a mais lida entre os profissionais do mercado financeiro, publicou há tempos uma edição com Pedro Malan na capa. No texto, recheado de elogios, considerava-o o melhor ministro da Fazenda da América Latina. Mais do que uma reportagem, era uma homenagem. Nada mais justo. Nenhum outro ministro da Fazenda deste quintal americano jamais ousou transferir tanto dinheiro das atividades geradoras de empregos e de produção para os rentistas do que o nosso impávido Malan. Tudo o que os especuladores querem é que continue chovendo na sua horta e que o substituto de Malan garanta a continuidade dessa transferência, ainda que saibam ser ela quase impossível dado o volume que atingiu. O próprio presidente do Banco Central, Armínio Fraga, reconhece a realidade quando afirma que o próximo governo quase certamente terá de renegociar os prazos da dívida interna, alongando-os. É que, tendo tido uma carreira de grande sucesso no mercado financeiro de Nova York, Armínio tem a mesma ótica de seus ex-colegas das agências de classificação de risco. Essas agências há muitos anos, muito antes do chamado "efeito Lula", colocam o Brasil entre as dez mais arriscadas apostas do mercado mundial.
O Brasil fazia tudo o que os americanos, através do FMI, mandavam fazer e nada. Não comovia os analistas e não melhorava de posição. Hoje, o Brasil só é considerado risco menor do que a Argentina e a Nigéria. É que o risco Brasil não está na possibilidade de Lula ganhar as eleições. O risco é de o país não poder continuar a pagar o serviço das dívidas interna e externa. Internamente, já se tira 3,5% do PIB para gerar um superávit fiscal primário. Quer dizer que se paralisam investimentos, físicos e sociais, em todos os níveis de governo, como os que geram o racionamento de energia ou a epidemia de dengue. E ainda há economistas que defendem cortes maiores, até em dobro. E isso não é risco Lula, é o risco da equipe econômica, risco Malan. Óbvio ululante, mas pouca gente fala disso, mesmo na oposição. (...)"
"Mal havia tocado o solo brasileiro e recebi o recado da May, secretária e amiga que há décadas cuida da minha vida econômica e profissional, de que deveria ser o moderador da palestra que Lula faria na Firjan, como fez, ontem, depois do jogo com a Bélgica. Acompanhara em viagem as notícias sobre o nervosismo político dos especuladores com a evolução das pesquisas de intenção de voto.
Nervosismo político, uma ova. Trata-se de puro exercício especulativo, com o objetivo de ganhar dinheiro. Derrubam, com as suas avaliações, as cotações dos títulos do governo brasileiro em Nova York, os tais C-Bonds, para recomprá-los com gordos lucros adiante. As oscilações nas cotações pressionam a assessoria econômica do PT, forçando-o a fazer promessas tranqüilizadoras, garantindo o respeito aos compromissos assumidos com investidores no Brasil e no exterior e, assim, assegurar a continuidade da transferência de recursos cada vez maiores do setor produtivo para o setor financeiro.
A revista "Bankers", a mais lida entre os profissionais do mercado financeiro, publicou há tempos uma edição com Pedro Malan na capa. No texto, recheado de elogios, considerava-o o melhor ministro da Fazenda da América Latina. Mais do que uma reportagem, era uma homenagem. Nada mais justo. Nenhum outro ministro da Fazenda deste quintal americano jamais ousou transferir tanto dinheiro das atividades geradoras de empregos e de produção para os rentistas do que o nosso impávido Malan. Tudo o que os especuladores querem é que continue chovendo na sua horta e que o substituto de Malan garanta a continuidade dessa transferência, ainda que saibam ser ela quase impossível dado o volume que atingiu. O próprio presidente do Banco Central, Armínio Fraga, reconhece a realidade quando afirma que o próximo governo quase certamente terá de renegociar os prazos da dívida interna, alongando-os. É que, tendo tido uma carreira de grande sucesso no mercado financeiro de Nova York, Armínio tem a mesma ótica de seus ex-colegas das agências de classificação de risco. Essas agências há muitos anos, muito antes do chamado "efeito Lula", colocam o Brasil entre as dez mais arriscadas apostas do mercado mundial.
O Brasil fazia tudo o que os americanos, através do FMI, mandavam fazer e nada. Não comovia os analistas e não melhorava de posição. Hoje, o Brasil só é considerado risco menor do que a Argentina e a Nigéria. É que o risco Brasil não está na possibilidade de Lula ganhar as eleições. O risco é de o país não poder continuar a pagar o serviço das dívidas interna e externa. Internamente, já se tira 3,5% do PIB para gerar um superávit fiscal primário. Quer dizer que se paralisam investimentos, físicos e sociais, em todos os níveis de governo, como os que geram o racionamento de energia ou a epidemia de dengue. E ainda há economistas que defendem cortes maiores, até em dobro. E isso não é risco Lula, é o risco da equipe econômica, risco Malan. Óbvio ululante, mas pouca gente fala disso, mesmo na oposição. (...)"
9.7.02
O homem-elefante finalmente vai descansar em paz
Deu na CNN.com.br:
LONDRES -- A família do "Homem-Elefante" – cujo nome era Joseph Merrick e ganhou notoriedade por ter sido usado como uma atração de shows de aberrações na Grã-Bretanha do século 19 – está reivindicando uma autorização para sepultá-lo, 112 anos após sua morte, informou o jornal Sunday Times.
O esqueleto de Merrick foi conservado pelo hospital Whitechapel, no leste de Londres, na esperança de um dia poder descobrir o que fez com seu crânio começasse a inchar quando ele era ainda criança, até ficar mais largo que sua bacia.
Seus lábios inverteram-se, formando uma tromba de mais de 10 centímetros. Merrick morreu aos 28 anos.
"Eu gostaria de lhe dar um enterro digno", declarou Ray Merrick, um membro da família, de 74 anos.
Deu na CNN.com.br:
LONDRES -- A família do "Homem-Elefante" – cujo nome era Joseph Merrick e ganhou notoriedade por ter sido usado como uma atração de shows de aberrações na Grã-Bretanha do século 19 – está reivindicando uma autorização para sepultá-lo, 112 anos após sua morte, informou o jornal Sunday Times.
O esqueleto de Merrick foi conservado pelo hospital Whitechapel, no leste de Londres, na esperança de um dia poder descobrir o que fez com seu crânio começasse a inchar quando ele era ainda criança, até ficar mais largo que sua bacia.
Seus lábios inverteram-se, formando uma tromba de mais de 10 centímetros. Merrick morreu aos 28 anos.
"Eu gostaria de lhe dar um enterro digno", declarou Ray Merrick, um membro da família, de 74 anos.
8.7.02
She'll adore you and she'll floor you
With her wisdom and her vision
And you'll love it and think of it
Till you lose all intuition
She can move you and improve you
With her love and her devotion
And she'll thrill you and she'll chill you
But you're headed for commotion
And you'll need her so you'll feed her
With your endless dedication
And the quicker you get sicker
She'll remove your medication
Get the firehouse!
'Cause she sets my soul afire
Get the firehouse!
And the flames keep gettin' higher
She's like bad weather but it seems so good
You'd never leave her but you know you should...
("Firehouse", P. Stanley, 1973)
With her wisdom and her vision
And you'll love it and think of it
Till you lose all intuition
She can move you and improve you
With her love and her devotion
And she'll thrill you and she'll chill you
But you're headed for commotion
And you'll need her so you'll feed her
With your endless dedication
And the quicker you get sicker
She'll remove your medication
Get the firehouse!
'Cause she sets my soul afire
Get the firehouse!
And the flames keep gettin' higher
She's like bad weather but it seems so good
You'd never leave her but you know you should...
("Firehouse", P. Stanley, 1973)
7.7.02
Hoje faz exatos 19 anos do show histórico de minha velha banda, o Estrada Fróes, no teatro da Uff, em Nikity City. Foi uma das noites mais emocionantes de nossa trajetória, que levamos seis meses preparando, com ensaios, propaganda, entrevistas, documentação e um grande etc. Mas é claro que na hora aparecem aqueles imprevistos, alguns desagradáveis (como descobrir que a regulagem da mesa de som, em que você tinha trabalhado a tarde inteira, estava toda esculhambada) e outros muito divertidos (como um improviso guitarra+batera que nunca mais eu e Marcos fizemos com a mesma perfeição daquela noite). Lembro-me bem que depois do show fomos ao velho bar Tim Tim, na época um dos poucos na praia de S. Francisco que serviam cervejas e não chopes. Eu tinha iniciado um namoro há três dias e estava nas nuvens. Como diz aquela canção do Chic que não deixa ninguém parado:
Good times, these are the good times
Leave your cares behind,
these are the good times
Good times, these are the good times
Our new state of mind, these are the good times
Happy days are here again
The time is right for makin' friends
Let's get together, how 'bout a quarter to ten
Come tomorrow, let's all do it again...
Good times, these are the good times
Leave your cares behind,
these are the good times
Good times, these are the good times
Our new state of mind, these are the good times
Happy days are here again
The time is right for makin' friends
Let's get together, how 'bout a quarter to ten
Come tomorrow, let's all do it again...
6.7.02
Este eu tirei do Terceira Base, do Hiro: gostaria de ver seu nome em hieróglifos?
E este achei no Google: como é seu nome em japonês? (Tem também tailandês, árabe, russo, havaiano e esquimó...)
E este achei no Google: como é seu nome em japonês? (Tem também tailandês, árabe, russo, havaiano e esquimó...)
5.7.02
When you are old
When you are old and grey and full of sleep,
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once,
and of their shadows deep;
How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true,
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face;
And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd of stars.
(W. B. Yeats, "The Rose", 1893)
When you are old and grey and full of sleep,
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once,
and of their shadows deep;
How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true,
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face;
And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd of stars.
(W. B. Yeats, "The Rose", 1893)
4.7.02
3.7.02
Minicontos do desconforto -- 24
25 de junho de 1876. As tropas do general americano George Custer são massacradas em Little Bighorn. A última coisa que Custer sente é a dor nos lados da cabeça enquanto os sioux decepam suas orelhas. Diziam que ele não os ouvira e quebrara inúmeros tratados, daí a necessidade de lhe tomar as orelhas para que pudesse escutar suas reivindicações.
Depois, o escuro e o nada.
Passado um período impossível de medir por padrões terrenos, Custer acorda no meio de nuvens, num prado flutuante ao lado de um riacho paradisíaco. A seu lado, um velho batedor mestiço que o servira na Guerra Civil.
-- Ora, parece que vim parar no céu... Logo eu que achava ter pecados sobrando -- murmurou, ainda meio tonto, o general.
O batedor riu. A seu riso seguiu-se o som do canto de guerra de um milhão de guerreiros sioux, navajos, comanches e de quantas nações hoje dizimadas da América se possa lembrar.
-- É, o senhor está no céu -- disse o batedor devagar. -- No céu dos índios.
E gargalhou.
Até hoje -- e por toda a eternidade -- Custer morre diariamente naquele paraíso, e todos os dias suas orelhas são arrancadas pelos nativos, e todas as noites a vitória é comemorada pelas tribos mortas e ecoa pela Via Láctea.
25 de junho de 1876. As tropas do general americano George Custer são massacradas em Little Bighorn. A última coisa que Custer sente é a dor nos lados da cabeça enquanto os sioux decepam suas orelhas. Diziam que ele não os ouvira e quebrara inúmeros tratados, daí a necessidade de lhe tomar as orelhas para que pudesse escutar suas reivindicações.
Depois, o escuro e o nada.
Passado um período impossível de medir por padrões terrenos, Custer acorda no meio de nuvens, num prado flutuante ao lado de um riacho paradisíaco. A seu lado, um velho batedor mestiço que o servira na Guerra Civil.
-- Ora, parece que vim parar no céu... Logo eu que achava ter pecados sobrando -- murmurou, ainda meio tonto, o general.
O batedor riu. A seu riso seguiu-se o som do canto de guerra de um milhão de guerreiros sioux, navajos, comanches e de quantas nações hoje dizimadas da América se possa lembrar.
-- É, o senhor está no céu -- disse o batedor devagar. -- No céu dos índios.
E gargalhou.
Até hoje -- e por toda a eternidade -- Custer morre diariamente naquele paraíso, e todos os dias suas orelhas são arrancadas pelos nativos, e todas as noites a vitória é comemorada pelas tribos mortas e ecoa pela Via Láctea.
1.7.02
É penta (1)
"Ouves o aplauso deste povo imenso
Lava, que irrompe do pop'lar vulcão?
É o bronze rubro, que ao fundir dos bustos
Referve ardente do porvir na mão.
(...)
Que queres? Ouve! -- são mil palmas férvidas,
Olha! -- é o delírio, que prorrompe audaz.
Pisa! -- são flores, que tu tens às plantas,
Toca na fronte -- coroada estás.
Descansa pois, como o condor nos Andes,
Pairando altivo sobre a terra e mar,
Poisa nas nuvens p'ra arrogante em breve
Distante... longe... mais além de voar."
(Castro Alves, "Poesias Coligidas")
"Ouves o aplauso deste povo imenso
Lava, que irrompe do pop'lar vulcão?
É o bronze rubro, que ao fundir dos bustos
Referve ardente do porvir na mão.
(...)
Que queres? Ouve! -- são mil palmas férvidas,
Olha! -- é o delírio, que prorrompe audaz.
Pisa! -- são flores, que tu tens às plantas,
Toca na fronte -- coroada estás.
Descansa pois, como o condor nos Andes,
Pairando altivo sobre a terra e mar,
Poisa nas nuvens p'ra arrogante em breve
Distante... longe... mais além de voar."
(Castro Alves, "Poesias Coligidas")
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