31.3.07

Eu e Orkut Buyukkokten, o inventor do Orkut, após entrevista no Sofitel, em Copa. O papo vai sair segunda-feira no Info Etc e no Globo Online.

23.3.07

Minicontos do desconforto -- 88 (versão sintética)

-- Obrigada... mas nós mal nos conhecemos... Por que você me deu esta rosa?

-- Não lhe dei esta rosa; dei você a esta rosa. Para que ela possa olhar seu rosto e compreender o significado da verdadeira Beleza.

20.3.07

Minicontos do desconforto -- 88

-- Oh, obrigada... Mas a gente mal se conhece... por que você me deu esta rosa?

-- Julianne, eu não lhe dei esta rosa. Na verdade, dei você a esta rosa.

-- Como assim?

-- Eu já bebi o suficiente e posso explicar: eu dei você a esta rosa para que você possa lhe ensinar o verdadeiro significado da Beleza; porque você é a mulher mais bonita que já vi na vida. A pobre rosa está condenada a morrer, agora que foi tirada de suas irmãs, mesmo que a coloquemos num vaso com água da fonte da juventude eterna. Mas, se ela puder olhar para você, perceber a inacreditável beleza de seus olhos, de suas melenas negras, talvez não morra. Talvez se dispa de seus espinhos; talvez ame você como só uma flor pode amar um ser humano, e de um modo que eu jamais poderei amar.

9.3.07

Escrever em jornal não é mais a mesma coisa depois do advento da internet. Mas alguns editores ainda acham que tudo deve ser superficial e os textos, curtos. Se se trata de um jornal popular, mais para ser visto do que lido, creio que faz sentido. Mas um jornal que pretende formar opinião tem que aprofundar mesmo, fazer grandes análises etc. Veja o que o mestre Carlos Alberto Di Franco escreveu outro dia:

"Os jornais, erradamente, pensam que são meio de comunicação de massa. E não são. Daí derivam providências fatais: a absurda imitação da televisão, a incapacidade para dialogar com a geração dos blogs e dos videogames, além do alinhamento acrítico com os modismos politicamente corretos. Esqueceram que os diários de sucesso são aqueles que sabem que o seu público, independentemente da faixa etária, é constituído por uma elite numerosa, mas cada vez mais órfã de produtos de qualidade. Num momento de ênfase no didatismo, na infografia e na prestação de serviços - estratégias convenientes e necessárias--, defendo a urgente necessidade de complicar as pautas. O leitor que devemos conquistar não quer, como é lógico, o que pode conseguir na TV ou na internet. Ele quer informação de qualidade: a matéria aprofundada, a reportagem interessante, a análise que o ajude, de fato, a tomar decisões."