16.7.09

De volta de viagem a trabalho na Califórnia, na semana passada. No último dia, que era livre, tive a oportunidade de visitar algumas vinícolas na região de Sonoma. Por isso hoje mesmo twittei que "in vino veritas" - a verdade está no vinho. Além do natural prazer da degustação, fiquei vivamente impressionado com a paixão sobre o tema demonstrada por nossa anfitriã num dos vinhedos, que contou a história do lugar com um jeito todo especial, com uma simpatia a toda prova. Ela já tinha uma certa idade, mas o amor pelo vinho e pelas delicadas facetas do bebê-lo conferiu-lhe uma jovialidade inimitável; conheço muitos jovens com almas bem mais idosas do que essa senhora. E eu mesmo, que me sinto envelhecer e não gosto nada do processo, me senti jovem e entusiasmado de novo perto dela. Fiz questão de cumprimentá-la efusivamente e dizer-lhe que era a anfitriã perfeita. Não esquecerei a experiência (que ela - seu nome é June - definiu assim para um colega enquanto lhe servia vinho, rindo: "oh, you want to have your June experience in July...") e, se puder, um dia lá voltarei.

Enquanto isso não acontece, este post fica como uma pequena homenagem e uma lembrança, para mim e para vocês, de que ter ou observar a verdadeira paixão pelas boas coisas (e pessoas, e ações, e situações) faz florescer a primavera dentro de nossos peitos seja qual for a estação do ano. Obrigado, June. E saúde!

5.7.09

Ontem assisti pela milésima vez a "Shakespeare apaixonado". "Romeu e Julieta", ao lado de "Ricardo III", é minha peça favorita do Bardo, e a beleza de Gwyneth Paltrow é arrebatadora na tela. Sabem aquelas cenas em que, não importa quantas vezes você veja, uma lágrima furtiva é derramada? Acontece comigo todas as vezes quando termina a apresentação de estreia de "Romeu e Julieta" no filme: fica um silêncio enorme do teatro e depois a plateia irrompe num aplauso estrondoso diante da verdadeira expressão da Beleza que todos acabaram de fruir. Não dá para não se emocionar.

Outra cena em que é impossível não ficar arrasado é quando, em "Coração Valente", o William Wallace ainda menino está no enterro de seu pai, morto de forma terrível, e a menina Murron se apieda dele e lhe dá uma flor.