Comprei ontem e vi o DVD "Deep Purple -- Machine Head Live 1972", com um show na Dinamarca da banda em sua melhor fase: Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclados), Ian Paice (bateria), Ian Gillan (vocal) e Roger Glover (baixo). O show é pura eletricidade. Gillan arrebentando os pulmões em "Child in Time", Lord enlouquecendo e transformando partes de músicas em puro jazz com pitadas de clássicos, o igualmente louco Blackmore equilibrando a guitarra de ponta-cabeça nas mãos ou deitando-a ao chão para solar com os pés (e levando o público à loucura em "Lazy") e a máquina letal de bater em tambores que é Ian Paice no solo de "The Mule". O "Made in Japan", que seria gravado em agosto daquele ano, já estava todinho ali, com a exceção de "Smoke on the water". Fiquei estupefato vendo a performance dos caras. No fim, uma versão animadíssima de "Lucille", de Little Richard", e para fechar, "Black Night".
Também fiquei de comentar aqui o filme "The Last Waltz", em que a The Band se despediu das turnês em 76 no Winterland de San Francisco. Liderada pelo guitarrista Robbie Robertson, a banda arrasa junto com convidados como Ronnie Hawkins (cuja execuçào de "Who do you love?", permeada por gritos guturais, é hilária), Eric Clapton (com direito a duelos de guitarra com Robertson em "Further up the road"), Bob Dylan (com quem tocam "Forever young"), Van Morrison, The Staples e mais. Nos intervalos, depoimentos e histórias da banda. No fim, um Robertson com os olhos cheios d'água resume o motivo da despedida das turnês: "É apenas uma vida impossível".
Depois escrevo mais. Quero comentar sobre Stevie Ray Vaughan, um de meus guitarristas favoritos, e sobre um belo show da Sheryl Crow em Detroit.
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