Escrever em jornal não é mais a mesma coisa depois do advento da internet. Mas alguns editores ainda acham que tudo deve ser superficial e os textos, curtos. Se se trata de um jornal popular, mais para ser visto do que lido, creio que faz sentido. Mas um jornal que pretende formar opinião tem que aprofundar mesmo, fazer grandes análises etc. Veja o que o mestre Carlos Alberto Di Franco escreveu outro dia:
"Os jornais, erradamente, pensam que são meio de comunicação de massa. E não são. Daí derivam providências fatais: a absurda imitação da televisão, a incapacidade para dialogar com a geração dos blogs e dos videogames, além do alinhamento acrítico com os modismos politicamente corretos. Esqueceram que os diários de sucesso são aqueles que sabem que o seu público, independentemente da faixa etária, é constituído por uma elite numerosa, mas cada vez mais órfã de produtos de qualidade. Num momento de ênfase no didatismo, na infografia e na prestação de serviços - estratégias convenientes e necessárias--, defendo a urgente necessidade de complicar as pautas. O leitor que devemos conquistar não quer, como é lógico, o que pode conseguir na TV ou na internet. Ele quer informação de qualidade: a matéria aprofundada, a reportagem interessante, a análise que o ajude, de fato, a tomar decisões."
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