30.4.03

Fremont, CA - April 30, 2003 -- The average Internet user has 41.1 inches -- while nearly one in five (18 percent) has six feet or more -- of messy cables cluttering up their desktop, according to a survey commissioned by Logitech. Logitech estimates that with approximately 168 million desktop computers installed in the U.S., this means about 109,000 miles worth of desktop cords, enough to cross the country 35 times, circle the earth four times, or reach halfway to the moon.

29.4.03

Passei o último fim de semana com Wal jogando games no PC. As crianças saíram com as avós e ficamos o dia inteiro de bobeira, diante do micro. Esquecemos até de comer. Mas foi divertido. Isso é que é vício. ;-))
Eu, que nos velhos tempos do XT do meu amigo Carlos Brito ficava jogando com ele uma espécie de batalha naval para geeks que o próprio Brito havia programado, reproduzindo as posições de navios nas I e II Guerras, e mais tarde ficava dando palpites no Windows 3.1 em jogos de estratégica como "Excalibur" e "The Perfect General", descobri que mudei depois de ver minha filha Jessica detonando em clássicos como "Duke Nukem" e "Crystal Caves". Só quis saber de muita carnificina, como em "Body Count", ou porrada, como em "Batman".
De qualquer modo, Wal se saiu bem melhor que eu, em praticamente todos os jogos. É... melhor voltar a queimar a mufa em jogos de estratégia ;-))

Em breve, neste espaço, mas um conto da dupla André Machado e Crib Tanaka.

24.4.03

Como diz a Carly Simon, e eu só posso repetir:

... And I believe in love
What else can I do?
I'm so in love with you...

22.4.03

Mandado pelo gente finíssima C@t. Uma viagem! Não se assustem, parece que o sistema enlouqueceu mas são apenas efeitos especiais. E eles passam ;-)
Este é o ano em que não haverá escapatória: depois que eu e dois de meus amigos de infância chegamos aos 40 ano passado, quase o resto todo vai entrar nos "enta" este ano (mais quórum para o blog da minha muito querida Sue ;-)). Como meu grande amigo Carlos Brito, que entrou na quarta década ontem. É isso aí, moçada (moçada?!)...
Descolei no feriado o DVD "Kiss Animalize", showzão que a banda fez para a MTV no fm de 1984 logo após o lançamento do disco homônimo. A formação na época: Gene Simmons, Paul Stanley, Eric Carr, Bruce Kulick. Um arraso, com muito punch e gozações de Paul com Gene no palco. Eis um DVD que vou ver "n" vezes ;-))
Puxa vida, o que será que houve com o Webtracker? Está sumido há mais de uma semana e o site não carrega... Será que foi para as cucuias?

18.4.03

Eu devia ter postado isso há mais tempo, essa sensacional mensagem da Rosane Serro. Bem, aí vai.

"Caríssimos e adorados amigos:

Eu sei que é sexta-feira à noite e a grande maioria de vocês está fechando a edição de sábado e respirando fundo pra fechar domingo. Por isso o aviso do Subject...

Esse meu e-mail é um apelo e um convite. E como todo mundo está correndo, vou ser breve:

Os amigos brasileiros do poeta e jornalista cubano Raúl Rivero (grupo no qual essa missivista se inclui) estão se mobilizando para tentar que o governo brasileiro conceda asilo político ao escritor. Um dos maiores nomes da literatura cubana contemporânea, Raúl foi recentemente condenado num processo relâmpago, pela Justiça de Cuba, a 20 anos de prisão sob a acusação de traição.

Aos 58 anos e com problemas de saúde, Raul defende a não-violência e não merece passar o restante de sua vida numa prisão sem ter cometido nenhum crime - a não ser o de praticar um jornalismo independente. Atualmente, ele ocupa o cargo de vice-presidente do Comitê de Liberdade de Imprensa e Informação da Associação Interamericana de Imprensa. O seu trabalho de organizar uma agência de notícias independente com 40 jornalistas em Cuba - apesar da proibição que exercesse a profissão - foi premiado pela entidade Repórteres sem fronteiras e pela Universidade de Stanford.

Mas acima de tudo, o que eu queria dizer pra vocês, é que esse cara, baixo, gordo, de voz rascante, igual um Vinicius caribenho e de um humor ferino à toda prova é uma das pessoas mais fascinantes que já conheci. Em Havana, ele abria sua casa e suas cadeiras de balanço para todo jornalista que lhe batia na porta - ou que encontrasse num "Rum das cinco" na Uneac (União dos Escritores e Artistas Cubanos), como foi o meu caso. E sempre, sempre recusou qualquer presente. Um lápis gasto que fosse. Ainda que penasse com a falta de papel, canetas e fitas de máquina para trabalhar.

E no Rio de Janeiro, tenho certeza, Raúl estaria ao nosso lado no Capela, no Jobi, no Botequim, no Belmonte e onde quer que houvesse uma gargalhada, uma opinião, um sentimento, um verso, um título, uma manchete, um golpe no peito. Porque ele é um de nós.

Enfim, a maneira que estamos encontrando de encaminhar um pedido de asilo político ao governo brasileiro é coletando assinaturas num abaixo assinado eletrônico que está no site:

http://raulrivero.blogspot.com

Se vocês quiserem participar, basta clicar no "Adicione um comentário" e deixar o nome e e-mail para que possamos incluir na lista. Sabemos que será uma articulação de difícil costura mas vamos começar encaminhando esse documento ao novo embaixador brasileiro em Havana, Tilden Santiago.

No site, vocês também poderão saber mais sobre a vida de Raúl.

É isso...

Valeu, pessoal! Obrigada por me ouvirem. Hoje (e sexta à noite lá é dia pra se pedir a atenção de alguém???) ou nesses dias em que as coisas andam do avesso.

Um beijo em todos,

Rosane"

14.4.03

Estava olhando a data de hoje e lembrei: lá se vão 91 anos do naufrágio do "Titanic". Taí uma tragédia que ficou no imaginário das pessoas. Aqui, uma lista completa de quem esteve no navio em sua única e fatídica viagem.
Excelente, excelente artigo do documentarista Michael Moore hoje no Globo. Para aqueles que andam acreditando no ramerrame que a mídia americana bushófila quer que a gente engula.

10.4.03

Bullfrog blues

(Para Gustavo de Almeida e Marlos Mendes)

No meio do ensaio, os três já meio altos de uísque, suados com a energia do rock and roll, sentiam que só faltava uma música. Mas não tinham certeza se conseguiriam tocá-la. Então, o baterista, na cara de pau, pediu ao guitarman:
-- Dá um mi aí. A nota não, um acorde, mi maior.
O guitarrista obedeceu. Tocou o mi com força, distorcido, ensangüentado: um acorde com os dentes trincados.
Aí o baterista berrou:
-- Well did you eeeveeeerrrrr!!!!
Soou o acorde de novo. Desta vez acompanhado do bordão do baixo e uma porrada do bumbo e do prato.
-- Well did you eeeveeeerrrrr!!!! -- berrou o guitarman.
Pan!
-- Well did you ev, did you ev, did you ev, did you ev, did you ev, did you ev, did you eeeeeeeeeeeverrr!!!
Slide na guitarra. Aí todo mundo se esgoelou junto:
-- Well did you ever wake up with them bullfrogs on you mind!!!!
E a música começou, e nunca um trio se pareceu tanto com uma multidão ululante.
Quando terminou, uns vinte minutos depois, os três largaram os instrumentos e foram fumar lá fora.
Ninguém disse nada, nem precisou. Estava claro que o ensaio tinha terminado.

4.4.03

Flashes -- IV

O toque fê-la tremer e revirar os olhos. Alta voltagem erótica. Ele se debruçou sobre ela, que o esperava sorrindo de leve, os longos cabelos negros espalhados na cabeceira. Adorava aquele corpo jovem e robusto, cheio de lugares para mordiscar. Adorava mais ainda os olhos velhacos, cheios de malícia. Quando penetrou, ela pareceu ter uma projeção astral, literalmente possuída e abandonada ao seu desejo latejante. Ao mesmo tempo, ele sentiu que pertencia a ela. Mas não por muito tempo: separaram-se dias depois, para nunca mais.

3.4.03

Estou terminando de reler um livro sobre Ricardo III, uma das figuras mais fascinantes e controvertidas da Inglaterra no século XV, e o último rei dos Plantagenetas. Shakespeare, escrevendo para os descendentes de seu rival vitorioso, Henry Tudor, transformou Ricardo num vilão. Mas refletindo sobre sua biografia, ele talvez tenha ficado numa situação meio sem saída antes de decidir usurpar o trono inglês em 1483. O que acabou com sua reputação foram os rumores, à época, de que ele teria mandado matar seus sobrinhos Eduardo V e Richard, duque de York, herdeiros legítimos do irmão, então com 13 e 10 anos de idade. Os dois desapareceram misteriosamente pouco depois que o tio foi coroado e a história causa celeuma até hoje.

2.4.03

Minha filha mais nova, Rebeca, ligou para o meu trabalho hoje. Ela estava com dor de ouvido e Wal a levou ao médico.
-- Pai, você acredita que o médico me enganou?
-- É mesmo, filha? Mas como foi isso?
-- Ele disse que tinha um monte de formigas no meu ouvido!
E eu me segurando para não rir:
-- Tá vendo? Você fica comendo doce e largando aí pela casa... Dá nisso!
Depois Wal me contou que ela foi pela rua perguntando: "e agora, mãe? Como vai ser para tirar as formigas do meu ouvido?" Quando a mãe explicou que o médico fizera uma brincadeira para deixá-la mais à vontade para o exame, ela ficou indignada. "Mas ele mentiu pra mim!" Típico.
Por essas e outras é quase impossível brigar com Rebeca. A gente sempre precisa se esconder para rir antes.