É isso aí!
"AUMENTO ZERO NÃO
Jornalistas lotam o Sindicato e decidem lutar contra tese xiita
Um evento como há muito não se via no Rio de Janeiro. Auditório lotado, os jornalistas profissionais deram um show de solidariedade e mobilização na assembléia da noite de ontem. Por praticamente unanimidade, foram rejeitadas as propostas patronais de rádio e TV e jornais e revistas de aumento real zero em 2005. A tentativa dos patrões de dividir os jornalistas, propondo abonos diferenciados, foi reprovada. A assembléia autorizou o Sindicato a fechar um acordo somente se os patrões deixarem o radicalismo de lado e entenderem que temos direito a aumento real para compensar um sacrifício que dura quatro anos, com reajustes inferiores à inflação.
A assembléia autorizou o Sindicato carioca a iniciar um movimento com o Sindicato de São Paulo para alertar a opinião pública a respeito do desinvestimento nas redações e na qualidade do jornalismo. Em São Paulo, os jornalistas de jornais e revistas conseguiram um aumento real além dos abonos, mas o acordo com rádio e TV não foi fechado, apesar de a data-base ser em dezembro, porque lá também eles insistem no mesmo radicalismo: zero de aumento real. No caso do Rio o radicalismo é ainda mais incompreensível porque os veículos tiveram um desempenho em 2004 superior à média nacional. Em um ano o aumento do faturamento bruto com publicidade foi de 33,15% nas TVs, 20,61% nos jornais e 37,91% nas rádios.
Os patrões insistem no princípio xiita do aumento zero em vez de se abrirem ao diálogo (como sempre fizemos) e aproveitarem o momento favorável da economia para começar a pagar sua dívida conosco. Por aceitarmos reajustes inferiores à inflação nós acumulamos, em quatro anos, perdas que somam 11,99% na mídia impressa e 14,5% nas emissoras. Sem contar a inflação de 5,8% do último ano. A assembléia considerou a proposta de aumento real zero um radicalismo sem sentido e rejeitou um acordo só com esmolas, ou melhor, abonos. Por mais interessante que pareça em um primeiro momento, todos sabemos que abono vira pó rapidamente. Precisamos começar a repor as perdas que aceitamos em nome de uma recessão que não existe mais.
O momento é de mobilização e o sucesso do nosso movimento depende de você. A assembléia de ontem mostrou que os jornalistas querem lutar por qualidade de vida. Se você acha que chegou a hora de parar de perder salário, aceite o desafio de convencer seu colega, seu chefe, seu editor e a direção de sua empresa de que nossa reivindicação é simplesmente justa. Os representantes patronais têm argumentado que o momento brasileiro é bom, o desempenho do setor foi sensacional, mas não podem dar aumento porque não sabem como será o futuro. Mas não é assim mesmo que as coisas funcionam? Por acaso só teremos direito a aumento quando eles tiverem uma lâmpada de Aladim ou uma bola de cristal para adivinhar um futuro eternamente grandioso?
É importante você saber que não estamos falando de futuro, mas de um ano de grande desempenho positivo das empresas, de fevereiro de 2004 a janeiro de 2005. E de quatro anos de perdas passadas. Quando aceitamos as perdas, não usamos o argumento ridículo de que o futuro seria melhor. Se a economia brasileira piorar no futuro, saberemos, como sempre, agir com flexibilidade e dividir o prejuízo. Mas agora temos direito à divisão de um bolo que cresceu muito. A maioria das categorias profissionais no Brasil tem conseguido aumentos reais em função disso. Não há motivo para discriminação contra os jornalistas. Não somos categoria de segunda.
Mobilize sua redação, chame o colega para a discussão, fortaleça sua categoria e prestigie seu sindicato. Faça reuniões, debata, pressione. Use os adesivos que vamos distribuir contra o radicalismo do aumento real zero. Prepare-se para a próxima assembléia, que vamos convocar provavelmente na próxima semana. Vamos dizer que os jornalistas do Rio decidiram não trocar seus direitos e sua dignidade por abonos passageiros. E que não concordamos com um radicalismo absurdo que prega o aumento zero em tempo de vacas magras ou gordas. Não ao aumento zero!
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro"
23.3.05
22.3.05
19.3.05
Recebi ontem este email do Maloca Mendes, e é exatamente assim que nós, músicos que abandonaram a música e vivem hoje só flertando com ela de vez em quando, nos sentimos:
"Barba,
Cá estou às tantas da madrugada, bêbado, arranhando, para desespero
dos vizinhos, meu desafinado violão, quando lembro de uma canção
perdida no tempo, uma canção que me faz ter saudade de uma garagem na
Rua Passos da Pátria.
A melodia não é nossa, infelizmente, mas a tua versão para 'Pigs on the
Wing', aquela que tocávamos em sábados perdidos nas brumas do tempo, é
um marco. Pelo menos para mim. Até por que era uma das poucas que eu
conseguia tocar sem titubear.
Não consigo lembrar da letra em inglês sem que me venham os teus versos.
Essa música, na minha memória é uma parceria tua com o Waters.
Por onde andarão Minhoca [guitarrista da velha banda] e Palito [baterista da mesma banda]? Por onde andamos nós?
É incrível como o tempo passa e a vida se esvai sem que nos demos conta...
Até quando buscaremos abrigo contra os porcos a voar?
Saudades de você, camarada.
Desculpe o sentimentalismo etílico.
Maloca"
Meu caro, eu também tenho saudades. E, como lhe respondi, temos que pegar os violões e fugir para a casa do velho Carlos Octavius lá em Itaipuaçu para soltar todo esse blues na praia, à noite. E o Gustones e a Marcele têm de vir junto.
É mesmo uma merda ficar sem tocar e só relembrar tempos mais loucos que ficaram para trás.
E também preciso beber mais. Estou sóbrio há decênios.
"Barba,
Cá estou às tantas da madrugada, bêbado, arranhando, para desespero
dos vizinhos, meu desafinado violão, quando lembro de uma canção
perdida no tempo, uma canção que me faz ter saudade de uma garagem na
Rua Passos da Pátria.
A melodia não é nossa, infelizmente, mas a tua versão para 'Pigs on the
Wing', aquela que tocávamos em sábados perdidos nas brumas do tempo, é
um marco. Pelo menos para mim. Até por que era uma das poucas que eu
conseguia tocar sem titubear.
Não consigo lembrar da letra em inglês sem que me venham os teus versos.
Essa música, na minha memória é uma parceria tua com o Waters.
Por onde andarão Minhoca [guitarrista da velha banda] e Palito [baterista da mesma banda]? Por onde andamos nós?
É incrível como o tempo passa e a vida se esvai sem que nos demos conta...
Até quando buscaremos abrigo contra os porcos a voar?
Saudades de você, camarada.
Desculpe o sentimentalismo etílico.
Maloca"
Meu caro, eu também tenho saudades. E, como lhe respondi, temos que pegar os violões e fugir para a casa do velho Carlos Octavius lá em Itaipuaçu para soltar todo esse blues na praia, à noite. E o Gustones e a Marcele têm de vir junto.
É mesmo uma merda ficar sem tocar e só relembrar tempos mais loucos que ficaram para trás.
E também preciso beber mais. Estou sóbrio há decênios.
Meu domicílio eleitoral não é no Rio (voto em Niterói). Mas trabalho e tenho boa parte de minha vida na cidade que ainda considero maravilhosa e única em seu estilo, e se dependesse de mim Cesar Maia sofreria um impeachment. A maneira leviana como trata questões de saúde e segurança, deixando os cidadãos à míngua por divergências com autoridades estaduais e federais, e o acinte à população carioca com o anúncio de sua candidatura à Presidência logo após lhe ser dado um novo mandato são suficientes, a meu ver, para defenestrá-lo de uma vez por todas. O Rio de Janeiro precisa de lideranças decentes já! Estou com a Cora e o Jabor: o Partido do Rio de Janeiro tem que nascer imediatamente.
Aliás, os governantes do estado também deveriam voltar para o interior e apodrecer lá para todo o sempre.
A intervenção federal na saúde tem de continuar e precisa ser seguida por uma fortíssima na segurança. Já. Já estamos, na prática, acéfalos de autoridade há muito tempo, por isso o governo federal precisa agir. Pára de pensar em reforma ministerial, Lula, e olhe para nós, os desassistidos.
Aliás, os governantes do estado também deveriam voltar para o interior e apodrecer lá para todo o sempre.
A intervenção federal na saúde tem de continuar e precisa ser seguida por uma fortíssima na segurança. Já. Já estamos, na prática, acéfalos de autoridade há muito tempo, por isso o governo federal precisa agir. Pára de pensar em reforma ministerial, Lula, e olhe para nós, os desassistidos.
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