Minicontos do desconforto -- 74
Foi um gesto tão simples: o homem estava passando no corredor, ela acenou, veio ao seu encontro e lhe deu um CD que havia gravado para ele.
Em casa, ele não teve coragem de ouvir. Apenas tirou a velha foto da ex do porta-retratos e inseriu com cuidado aquele CD, em cuja superfície estava escrito: "para Robert, com carinho".
O disquinho ganhou lugar de honra na estante e ali ficou, mudo testemunho da imensa solidão do homem.
Um dia, a amiga veio saber se ele tinha gostado da música escondida na mídia.
-- Eu não escutei -- foi a resposta.
-- Mas por quê?
-- Porque durante todo o seu trajeto de sua mesa até este corredor, naquele dia, eu pude escutar a música que toca dentro de você, e desde então não preciso ouvir nenhuma outra.
28.10.04
25.10.04
Eu ainda não contei isso: no início do mês, dei uma palestra para estudantes do ensino médio do Instituto Gay Lussac, em Niterói. Falei sobre jornalismo e sobre o livro que escrevi com mestre Aroaldo Veneu. Foi uma experiência desafiante falar para um público de adolescentes, mas acho que consegui me sair razoavelmente bem.
* * *
E, antes tarde do que nunca, Aroaldo deu uma excelente entrevista sobre o livro no "Sem Censura", na TVE, há alguns dias.
* * *
E, antes tarde do que nunca, Aroaldo deu uma excelente entrevista sobre o livro no "Sem Censura", na TVE, há alguns dias.
19.10.04
Fernando Sabino, hasta la vista.
"O encontro marcado" é um dos livros da minha vida. Irresistível, cheio da força da juventude, realmente um livro-ritual de passagem.
Também gosto das crônicas dele, que me lembram o comentário de um prefaciante à obra de Joaquim Manoel de Macedo: nem sempre, na literatura, é preciso escrever montanhas; as colinas suaves também têm seu lugar (era isso ou algo parecido). E o Fernando cronista era o dono absoluto dessas colinas refrescantes da vista nas pradarias.
* * *
Christopher Reeve, para mim, não era o o eterno Super-homem, mas o Richard Collier de "Em algum lugar do passado", um de meus filmes favoritos (o livro é ainda melhor, e mais triste).
* * *
Tem dias que a gente só quer deitar e deixar a vida passar.
"O encontro marcado" é um dos livros da minha vida. Irresistível, cheio da força da juventude, realmente um livro-ritual de passagem.
Também gosto das crônicas dele, que me lembram o comentário de um prefaciante à obra de Joaquim Manoel de Macedo: nem sempre, na literatura, é preciso escrever montanhas; as colinas suaves também têm seu lugar (era isso ou algo parecido). E o Fernando cronista era o dono absoluto dessas colinas refrescantes da vista nas pradarias.
* * *
Christopher Reeve, para mim, não era o o eterno Super-homem, mas o Richard Collier de "Em algum lugar do passado", um de meus filmes favoritos (o livro é ainda melhor, e mais triste).
* * *
Tem dias que a gente só quer deitar e deixar a vida passar.
18.10.04
Para quem quer conhecer melhor o universo wildeano, é imperdível a exposição virtual, com excelentes textos, organizada pela New York University. Fica bem aqui.
7.10.04
Estou começando a ler "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", livro do que o "Código Da Vinci" foi acusado de plagiar. Logo nas primeiras páginas, descobri que o sobrenome do padre a partir do qual a pesquisa do livro se origionou é nada menos que... Saunière, o mesmo do curador do Louvre no livro de Dan Brown. E, perto da cidade onde o padre viveu, no Languedoc, há um pico chamado... Bezú (alguém aí lembrou do capitão Bezu Fache?)
Curiosas coincidências... O que será que vou encontrar mais adiante? ;-)
Curiosas coincidências... O que será que vou encontrar mais adiante? ;-)
Assinar:
Postagens (Atom)