28.4.06

Moçada, vou estrear uma coluna no Info Etc da próxima segunda. Só queria
avisá-los, vai ser uma nova fase para mim. A coluna será mensal.

17.4.06

Trilha sonora de hoje:

Riders on the storms (Doors)
Rain (Cult)
Crying in the rain (Whitesnake)
Rainy days and mondays (Carpenters)
Chove Chuva (Jorge Ben Jor)
Chuva de prata (Gal)
Raindrops keep falling on my head (Burt Bacharach)
Lágrimas e chuva (Kid Abelha)
In the eye of the storm (Roger Hodgson)
The rain song (Led Zeppelin)

13.4.06

Um filme bom é aquele que você vê várias vezes e, a cada sessão, descobre um ângulo diferente na história. Ontem revi "Closer", filme de que gostei muito, e desta vez fiquei com a nítida impressão de que o dermatologista interpretado (magistralmente) por Clive Owen consegue manipular direitinho os outros três personagens do filme (interpretados por Julia Roberts, Natalie Portman e Jude Law).

Também é de Owen uma das melhores frases do filme. Respondendo à acusação de Law de que é frio e vê o coração humano apenas como um diagrama, o médico responde na lata algo como: "seu babaca, você já viu um coração humano? Parece um punho fechado, coberto de sangue!"

Uma coisa não mudou, entretanto, em "Closer". Natalie Portman rouba o filme e está um Tesão, assim, com T maiúsculo mesmo. A fala de sua personagem na exposição de fotos dizendo que as pessoas fotografadas estão todas tristes, mas as fotos tornam tudo bonito e é isso que importa para os "apreciadores idiotas de arte", evidenciando a relação meio que de sanguessuga entre a problemática personagem de Julia Roberts e os objetos de suas lentes, também é uma porrada.

7.4.06

To travel hopefully is a better thing than to arrive.

(Robert Louis Stevenson)

True hope is swift, and flies with swallow's wings;
Kings it makes gods, and meaner creatures kings.


(Shakespeare)

6.4.06

Verissimo sempre enfia a ponta de sua caneta na veia. Da sua coluna de hoje:

"(...) Os que hoje propõem a 'flexibilização' dos direitos dos trabalhadores conquistados em anos de luta (como os que os franceses hoje defendem nas ruas de Paris) babariam com o que veriam no século XIX: homens, mulheres e crianças trabalhando 15 horas por dia, sem qualquer amparo, e sem qualquer encargo legal ou moral, fora os magros salários, para seus empregadores."

Aqui no Brasil, onde o capitalismo ainda é totalmente selvagem, esse blablablá de livre negociação, fim de carteira assinada, contratos temporários, enfim, a tal flexibilização, tudo isso é conversa para boi dormir: as palavras elegantes escondem a involução das conquistas sociais, a regressão à barbárie (como se já não tivéssemos barbárie suficiente no país) e mais, mais, mais dinheiro para a turma já endinheirada, que nos olha de cima como se não passássemos de um monte de merda.

Eu esperava do atual governo, no mínimo, uma política salarial, coerente com o que o partido pregou ao longo de duas décadas. Mas os bancos nunca lucraram tanto, a galera da especulação financeira nunca esteve tão bem e nós, assalariados, somos como párias dentro de nosso próprio país. É uma vergonha!

E isso tudo sem falar da corrupção. Que, se não é nova e vem de outros governos (o que não a torna menos que inaceitável) é absolutamente imperdoável para quem sempre se proclamou sacerdotisa da ética.

Eu mal posso esperar a hora da eleição. Que os traidores do povo tenham seu próprio cadafalso dentro das urnas.

Eu não vou anular meu voto, que é minha única arma.

4.4.06

A vida começa aos quarenta. Começa a degringolar.